Dia-a-dia de uma viagem ao Japão.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Sumo em Tokyo



Sumo é uma das "artes marciais", se é que isto é considerado assim, mais intrigantes. Ela, diferente das outras, tem apenas um, e pequeno round. Dura, geralmente, menos que 30 segundos. Ganhou, ganhou, perdeu, perdeu. Quem tiver mais vitórias é o campeão e todos jogam contra todos. Há vários campeonatos durante o ano, e ainda bem que eu tive sorte de pegar bem a época de um destes campeonatos, e ainda em Tokyo. Peguei um excelente lugar. É o segundo pior na ordem de preço, mas tem lugar reservado e, como cheguei cedo, consegui um lugar bem na frente do ringue. O ringue é relativamente pequeno, ainda mais com os lutadores daquele tamanho todo. Há lutas das 9h até às 18h, e as pessoas podem entrar e sair a qualquer hora. Tinha bastante gaijin, mas a maioria era local.
A luta é muito interessante. Apesar de durar mais ou menos uns 30 segundos, todo o ritual dura alguns minutos.
Na verdade, antes de tudo, todos os lutadores são apresentados. E eles vestem uma espécie de cinturão bem kitsch. Logo depois anunciam as lutas.
Primeiro os lutadores se encaram, com aquela cara de quem é mais mau - aliás, eles são muito maus mesmo. E isso parece ser importante para a luta.
Depois eles levantam as pernas e fazem uma espécie de alongamento supersticioso.
Na terceira etapa, eles tem 3 chances de começar a luta - e geralmente vai até a terceira. Antes do juiz autorizar, eles podem querer ir ou não lutar. Alguns são malandros e vão na 2ª ou 1ª vez pra tentar pegar o cara desprevenido. Mas isso geralmente não acontece.
Quando eles decidem não lutar (na primeira ou segunda vez) eles se viram, pegam o sal, jogam no ringue, se batem, gritam, e fazem mais um monte de coisas para intimidar o oponente.
Na luta, vale tudo, menos o anti-jogo e socos. Mas tapas, cabeçadas, empurrões, puxar o cinto, tudo isso vale. O objetivo é ou derrubar ou tirar o oponente do ringue.
Gravei o ritual inteiro. Na verdade eu gravei algumas lutas, mas esta foi bem legal.




Fiquei pra ver, mas queria ver o por-do-sol em Odaiba. Mas sempre que acabava uma luta eu queria ver a outra e assim foi. No final, tive que correr.
Foi uma das coisas mais legais do Japão nesta viagem.

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