Dia-a-dia de uma viagem ao Japão.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Fuji Story

Conheci um casal de polacos aqui no albergue. Eles são muito legais, inclusive ontem a gente foi junto jantar e beber uma cerveja num Izakaya aqui em Tokyo. Porém, houve uma situação curiosa. No dia anterior eles foram, coincidentemente, para o Fuji, e a polaca esqueceu sua bolsa com todos documentos e dinheiro, além de alguns pertences, em um lugar perto do ponto de ônibus onde eles esperavam sua chegada.
Chegando em Tokyo ela se deu conta que tinha perdido e imediatamente ligou para a Embaixada da Polônia aqui no Japão informando o que aconteceu e pediu para eles rastrearem a bolsa, pois ela lembrava exatamente onde tinha deixado.
No dia seguinte, logo cedo, ela foi informada que o estava tudo certo com a bolsa e ela tinha que ir lá buscar, e estava tudo intacto - nada roubado! Você pode imaginar isso no Brasil? Aqui ela não ia ter nem os documentos de volta....

Últimos dias em Tokyo

Estes últimos dias em Tokyo acho que foram os mais legais, pois estava só focado nas compras. E fui em vários lugares muito bons sem pressa nenhuma, como hoje, que fui à Ueno, onde eu acho que tem as melhores lojinhas para se comprar coisas aqui no Japão. Tem uma que eu não me recordo o nome, mas que tem de tudo, desde roupas até coisas para a cozinha. A outra é a loja mais legal que eu já fui em toda a minha vida. É a Yamashiroya, que tem 8 andares e um é melhor que o outro. Comprei vários presentes, para mim e para meus amigos. Depois fui à Ginza só por causa de uma loja. Com isso tudo tive que comprar uma mala, e como tem muita coisa e pouca roupa, tive que ir numa destas lojas de tudo por ¥100 e comprei uma porrada de papel bolha. Agora, acabei de arrumar todas as minhas coisas pois amanhã volto à Selva.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Omiyages

Nesta terça eu resolvi comprar os Omiyages (presentes) que faltam. Fui até Asakasa e fiquei um bom tempo lá comprando um monte de besteiras. Comi ainda o Sembei daqui, que é bem diferente do que tem no Brasil. Fiquei um bom tempo e depois ainda fui para Omote-sando, aquela rua chique, cheia de lojas, mas para ir na Kiddy Land, uma das lojas mais legais de brinquedo aqui de Tokyo. Agora voltei para o albergue, e vou ver o que fazer à tarde, pois ainda faltam alguns omiyages.

Fuji


Separei a segunda-feira justamente para ir ver o famoso Monte Fuji, o Fuij-san para os japoneses, afinal ir para o Japão e não ir ao Fuji é como ir a Paris e não ver a Torre Eiffel, certo? Ou ir para San Raphael e não ir para St. Tropez. A opção por este dia é que, como é um dia mais morto para aqueles que trabalham irem para lá, e assim poder ver bem vazio o vulcão. Na verdade, eu escolhi para ver o Fuji-san num dos lugares que, dizem, é privilegiado.


É o Fuji-Q, um parque de montanhas-russa que tem uma grande visão para o cartão-postal japonês. Cheguei cerca de 13 horas, pois a viagem dura 1h30. Quando chego, tenho a seguinte visão:



Sim, é o que parece. Estava nublado e eu não pude ver o Fuji-san. Na verdade, eu já tinha visto, mas de longe, no Shinkansen (trem-bala) e em Odaiba. Mas quem sabe isso não seja um sinal para que eu tenha que voltar algum dia?

E o pior é que o parque fechava às 17h, eu cheguei umas 13:30. As filas estavam enormes. Vi qual era a montanha russa mais agressiva e fui direto a ela. 3 horas e meia de viagem. Como ir de Shinkansen para Kyoto. Bom, já estava lá, então eu fui na EEJANAIKA:



Muito agressiva. Tem um vídeo muito bom aqui.



Bom, sai de lá e já era hora de voltar. Como o ônibus chegava em Shijuku, fiquei ainda um tempo por lá para voltar mais tarde pro albergue, pois Shinjuku é muito legal à noite.

domingo, 27 de setembro de 2009

Tokyo • 2016


Dia 2 de Outubro, exatamente no mesmo dia que eu chego de volta ao Brasil, será anunciado em Copenhagen quem será a cidade-sede das Olimpíadas no ano de 2016. As concorrentes são: Tokyo, Chicago, Rio de Janeiro, Madrid. Torço por Tokyo, e parece por aqui que todos estão muito empolgados. Toda hora eu vejo alguma referencia à candidatura e acho que a cidade tem grandes chances. Sua maior concorrente é Chicago, e eu não acredito muito no RJ.

Camera

Resolvi que não vou tirar mais fotos. Aqui no Japão não são as fotos que são legais. Com elas, você não pode ver como as coisas aqui são de uma maneira totalmente diferente. O costume do japonês não permanece nas fotos, só algumas dicas. Por isso que resolvi não ficar levando um trambolho chamado máquina fotográfica, para aproveitar mais os lugar. No máximo foto de celular.

Tokyo - Last Week

Não tenho postado muitas coisas ultimamente pois quero passar os dias que me restam mais tranquilos (com exceção de 2 dias, que vou ao mt. Fuji e no outro pra Kamakura). Na verdade, quero ter uma rotina aqui como se eu morasse e fosse todo o dia o fim-de-semana. Como às vezes em São Paulo eu acordo cedo, saio para ir até a Liberdade, ou até o centro, ou a até mesmo na Sta. Ifigênia, eu quero, aqui em Tokyo, fazer o mesmo. Hoje, por exemplo, foi um dia bem parado, mas foi muito bom, pois fiz o que quis. Eu acordei, resolvi algumas coisa aqui no albergue e fui para Shinjuku. Comi por lá, e depois fui ver algumas lojas, como uma mega livraria com 8 andares. Depois voltei pro albergue, deixei as coisas e fui para Ueno. Agora, daqui a pouco, vou jantar por perto. Amanhã devo ir ao Mt. Fuji, ou melhor, no Fuji-san.

sábado, 26 de setembro de 2009

Tokyo Game Show 2009


Aqui em Tokyo está rolando a feira de games Tokyo Game Show 2009, uma das principais no quesito video game. Aproveitei o momento e fui hoje cedo pra lá. Tive que pegar 4 trens, mas enfim cheguei. É em Chiba, pra lá da Disney e é um lugar onde tem muitos portos e mais nada.
O centro de convenções onde foi realizada a feira é enorme, tinha muita gente. Eu achei que já estava lotado, mas depois quando eu saí, lá pelas 14h, estava chegando muita gente.
Os jogos mais novos, principalmente de Xbox 360º e PS3 estão extremamente realistas. Até demais. Tinham grandes filas para testas os novos jogos, mas só fiquei pra jogar Grand Turismo 5 e o Winning Eleven novo.
Mas o que mais me interessava era os hardwares, que não teve muita coisa. Tem o PSP Go, que é um psp menor, e a Sony também tava apresentando um hardware que era um óculos 2D e você jogava com ele. Não fiquei na fila pois estava enorme. Tinha também uma marca desconhecida pra mim que tinha uns videogames diferentes, mas eram bem vagabundos.
O que me deixou decepcionado é não ver a participação da minha empresa favorita de video game, a Nintendo. Ela não estava lá talvez por que não tivesse nada de novo pra mostrar, mas fiquei esperando algo.
O japonês adora video game. A quantidade de Nintendo DS que você vê pela rua é incrível. Parece tão popular como um telefone celular. Eu vejo não só jovens, como senhores usando e se divertindo.


Outra coisa legal da feira são os cosplays. Japones parece gostar mesmo disso. Na feira tinha ainda mais do que em Harajuku. Mas como são pessoas normais que vão pra lá vestidas de forma esquisita, eu ficava receoso de tirar fotos, é por isso que eu tirei poucas. Mas isso foi o mais legal da feira, pois de resto não tinha nenhuma grande novidade.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Rent-a-Dog


Hoje aluguei um cão. Ou melhor, uma cadela. Isso mesmo. Aqui no Japão pode-se alugar cães. O lugar se chama Puppy the World, em Odaiba. Bem fácil de achar. Cheguei lá e já tinha um casal na minha frente querendo alugar. O lugar é um Pet Shop, bem parecido com os nosso, mas com esta peculiaridade de poder alugar um cãozinho. Entre as várias opções, escolhi uma Lulu da Pomerânia, pois quem sabe ela seja um par pro Tan Tan? Tinha Bulldog Francês, mas eu achei que a Matilda iria ficar com ciúmes, hehe... O nome dela é チャエラテ、Tcha para os íntimos. Era muito pequena e parecia uma raposa, e ainda era preguiçosa, queria só descansar e nada de andar.
Tinha 1 hora de aluguel pra passear, por cerca de R$ 50, um pouco salgado, mas eu recebi uma sacola com: água para limpar o xixi, saco pro cocô, e uma tigela.



Ao lado tem um parque por onde andamos, mas como ela não queria muito passear, ficamos num gramada em frente a "praia"


Day Off

Hoje eu tirei o dia para descansar, mas na verdade acabei andando bastante. Não acordei muito cedo, dormi demais, coisa que eu não gosto pois fico o dia inteiro sonolento. Mas fui de volta à Odaiba alugar um cão. Depois fui tentar fazer compras, pois estava me achando muito careta por aqui. Queria comprar pelo menos uma camiseta e uma calça ou bermuda. Fui direto para Harajuku, que é o lugar mais trendy. Procurei por camiseta, e numa certa rua há várias lojas que vendem camisetas usadas, dos anos 70 e 80 americanos, mas que são muito legais. E caras. Começava a partir de cerca de R$ 80, mas geralmente as com furos. Mas os modelos eram imbatíveis. Bom, dei umas voltas, fui à loja do MoMa que era a base do Kid Robot em Tokyo, com Munnys customizados, ainda comprei uns presentinhos, e depois de muita procura achei umas camisetas legais, e comprei duas. A calça eu não tive coragem. São muito prafrentex pra mim.

日本語で話しません

O japonês praticamente não fala inglês. Eu achava que eles ao menos entendiam, mas é muito pouco e apenas umas palavras. E quando falam, é de uma maneira incompreensível, pois os fonemas no Japao são muito poucos, e, com exceção da letra N, uma consoante nunca fica ao lado de uma consoante, só vogal. Aqui, os sistemas de escrita, Hiragana para as palavras japonesas, e o Katakana para palavras de origem estrangeira, são silabarios - ou seja, são só silabas sempre de uma consoante e uma vogal. Eles ainda não tem a letra L, que na verdade o R soa meio entre o R e o L. E a letra V é o B. Uma salada. Por isso que é tão difícil entender o japonês falando inglês. Locker soa assim: roka. Elevator fica erebeta. E o pior, eles adoram abreviar, então building fica biru. Incompreensível.
Por isso aconselho àqueles que queiram vir pro Japao que aprendam pelo menos o Hiragana e Katakana, que são relativamente mais fáceis, pois os kanjis, aqueles ideogramas que a Japão pegou emprestado da China é muito mais complicado, afinal são mais de 2.000 pra decorar. Só aos 12 anos os japoneses tem o conhecimento de todos os kanjis, logo, o domínio da escrita.
Eu fala muito pouco, mas foi já útil este pouco, pois o básico eu consigo falar, alem de conseguir desvendar muitas coisas nos menus, placas, avisos e sinalizações por conhecer o Hiragana e especialmente o katakana.


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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Sumo em Tokyo



Sumo é uma das "artes marciais", se é que isto é considerado assim, mais intrigantes. Ela, diferente das outras, tem apenas um, e pequeno round. Dura, geralmente, menos que 30 segundos. Ganhou, ganhou, perdeu, perdeu. Quem tiver mais vitórias é o campeão e todos jogam contra todos. Há vários campeonatos durante o ano, e ainda bem que eu tive sorte de pegar bem a época de um destes campeonatos, e ainda em Tokyo. Peguei um excelente lugar. É o segundo pior na ordem de preço, mas tem lugar reservado e, como cheguei cedo, consegui um lugar bem na frente do ringue. O ringue é relativamente pequeno, ainda mais com os lutadores daquele tamanho todo. Há lutas das 9h até às 18h, e as pessoas podem entrar e sair a qualquer hora. Tinha bastante gaijin, mas a maioria era local.
A luta é muito interessante. Apesar de durar mais ou menos uns 30 segundos, todo o ritual dura alguns minutos.
Na verdade, antes de tudo, todos os lutadores são apresentados. E eles vestem uma espécie de cinturão bem kitsch. Logo depois anunciam as lutas.
Primeiro os lutadores se encaram, com aquela cara de quem é mais mau - aliás, eles são muito maus mesmo. E isso parece ser importante para a luta.
Depois eles levantam as pernas e fazem uma espécie de alongamento supersticioso.
Na terceira etapa, eles tem 3 chances de começar a luta - e geralmente vai até a terceira. Antes do juiz autorizar, eles podem querer ir ou não lutar. Alguns são malandros e vão na 2ª ou 1ª vez pra tentar pegar o cara desprevenido. Mas isso geralmente não acontece.
Quando eles decidem não lutar (na primeira ou segunda vez) eles se viram, pegam o sal, jogam no ringue, se batem, gritam, e fazem mais um monte de coisas para intimidar o oponente.
Na luta, vale tudo, menos o anti-jogo e socos. Mas tapas, cabeçadas, empurrões, puxar o cinto, tudo isso vale. O objetivo é ou derrubar ou tirar o oponente do ringue.
Gravei o ritual inteiro. Na verdade eu gravei algumas lutas, mas esta foi bem legal.




Fiquei pra ver, mas queria ver o por-do-sol em Odaiba. Mas sempre que acabava uma luta eu queria ver a outra e assim foi. No final, tive que correr.
Foi uma das coisas mais legais do Japão nesta viagem.

Odaiba - Tokyo

Aqui no meu segundo dia na volta pra Tokyo foi muito interessante. Primeiro fui logo cedo comprar os ingresso para o Sumo, que depois eu vou postar só sobre isso. Daí vi o jogo do líder, graças à justin.tv, e daí fui fazer a troca de albergues. Tinha reservado pra 4 dias mas diminui pra dois justamente pra voltar pro outro albergue, mas posso ter me dado mal. Até lá eu me resolvo. Depois fui direto pro Sumo ver as lutas, e daí fui pra Odaiba, pra aproveitar o final do dia e a noite para ver a cidade de um dos lugares mais privilegiados de Tokyo.
Odaiba é uma ilha artificial, mas que tem uma vista muito legal de Tokyo, além de prédios enormes, grandes hotéis, shoppings e tudo o mais. Pra chegar lá, precisa pegar o Monorail, que tem uma vista muito legal da cidade. Chegando lá, o sol já estava se pondo, e a oeste, também está o Monte Fuji, que dava pra ser visto de lá. Não sei se nas fotos deu pra perceber.


 
Lá também tem uma bela vista de Tokyo e uma estátua da Liberdade, que foi dada pelos franceses como estreitamento das relações como o país:

Okonomiyaki


Uma das minhas comidas preferidas aqui no Japão é o Okonomiyaki. E desta vez eu pedi o Butamama, que é o de carne suína. É muito bom: repolho, ovo e a carne, depois um molho teryaki. Você mesmo prepara tudo na chapa, e o mais legal é que esta foi outra recomendação de japoneses, e a casa era uma antiga casa, inalterada, toda de madeira. Um dos melhores lugares que eu fui, logo em Asakusa - um dos meus bairros preferidos.

Volta à Tokyo

Quando eu voltei a Tokyo, foi como se eu voltasse para casa. Não sei porque. A viagem foi longa, 6 horas - tive que acordar às 5h da manhã, mas logo que eu me instalei no albergue - o melhor que eu fiquei, diga-se de passagem - e pena que só fiquei uma noite - e já fui visitar o Senso-ji, um grande templo em Asakusa, além de visitar a redondeza que é um dos lugares mais legais de Tokyo. Já até sei onde farei compras nos meus últimos dias por aqui. O único problema é que a parte externa no templo estava em reforma. Mas o mais legal é a vizinhança.
Seguem algumas fotos. Mas cheguei à conclusão de que as fotos não servem pra muita coisa. Com exceção de Kyoto, o Japão é um lugar que a beleza está nas coisas do dia-a-dia, que só dá pra ser vivida, e não observada. Mas em Asakusa tinha todo o tipo de coisa pra ser vendida.
 

Após minha passada por Senso-ji fui tomar um banho, e depois resolver as coisas do meu cartão que não deram muito certo, mas estou me virando como dá. Fui jantar e daí percebi que eu estava muito cansado e fui dormir.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Shokudo

Depois de um bom descanso, fui comer algo na região do meu Bed & Breakfast. Estava muito bom e era um verdadeiro lugar onde os japoneses vão no dia-a-dia (na verdade praticamente é tudo feito pro dia-a-dia). É um tonkatsu, com um lámen (que na verdade eu não gosto muito). Mas estava tudo muito bom:

Big Suikaba

Este é um sorvete em forma de melancia que eu ja tinha visto aqui, via Diogo e Luria (que deram boas dicas). É, apesar de divertido, muito gostoso:

Almoço em Fukuoka

Era carne suína, uma das mais consumidas por aqui.




De volta a Tokyo...

... e no que é, de longe, o melhor albergue.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Shinkansen

A distancia entre Fukuoka e Tokyo é mais ou menos de 1.000km, e o Shinkansen (trem bala) faz em 6 horas. Sugoi!



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Capsule Inn em Hiroshima

A versão de Hiroshima do hotel capsula é muito pior. É mais velho e estava lotado por causa, acho, que da Silver Week. Ainda não tinha internet, mas depois eu descobri que dava pra pegar a do hotel vizinho, era quente e cheirava mal. O banheiro era pior ainda, no meio de uma sauna. Mas, foi o único lugar que tinha vaga.

Carlos Toshiki


Este cara é brasileiro e é a versão nipônica do Guilherme Arantes. Vale a pena ver!

Turismo no Japão

O Japão não dá a mínima para o turista que vem de fora. Parece que tudo é feito para japoneses aqui. É claro que eles tratam os gaijins (extrangeiros) com muita gentileza, mas as coisas são suficientemente capazes de se virar sem eles. Imagine o Rio de Janeiro sem os turistas extrangeiros, o que seria? Aqui não é problema, até por isso eles falam tão pouco inglês. Isto é interessante, pois não existe aquelas pessoas esperando aparecer um turista para oferecer algum tipo de turismo-para-extrangeiro-ver, entende? É muito bom ser meio ignorado, pois você como realmente são as coisas aqui, desde o restaurante até os templos. O Japão é diferente até para como nós turistas viemos para cá.

Religião no Japão

Nestas quase 2 semanas que eu estou no Japão deu pra perceber uma coisa - que depois conversando com japoneses, eu vi que é mesmo mais ou menos isso. O japonês não é um cara religioso, e a religião é mais algo como uma tradição - às vezes tratado até como superstição. As duas principais religiões aqui são: Zen Budismo e o Xintoismo - ou seja, duas das religiões que menos se parecem como religiões, especialmente o Budismo que é quase uma anti-religião. E estas duas religiões não foram criadas no Japão, e sim importadas de outros paises, como China e Índia, e sofreram diversas alterações. É engraçado como o japones deixa as divindades do budismo, como no sanjusangen-do em Kyoto, mais serenas e calmas do que na Índia. Hoje, isto é mais uma tradição, e por isso mesmo tudo está tão bem conservado. Assim, eu percebo que a tradição é uma coisa muito importante para o japonês, e ter uma World Heritage, que é algo como um patrimônio mundial, é coisa que dá pra ver muito bem como causa orgulho aos japoneses. Eles adoram isso. Mas a religião aqui não é muito levada com afinco. Usa-se o ritual budista para o funeral e o xintoísta para o casamento. E aparentemente só. Alguns ainda rezam mais como um ritual de superstição do que como um ato realmente religioso, é como eu percebo.

Fukuoka unvisited

Mesmo estando aqui em Fukuoka, vou aproveitar para não ir na cidade, e arrumar minhas coisas, entre elas malas, mochilas e documentos. Não vou pra cidade pois estou cansado, é longe, e não tem nada. Dizem que é uma cidade mas para sair à noite, que não é o meu caso.

Fukuoka

Não tenho o que falar de Fukuoka pois eu não conheci direito. Na verdade o meu albergue é muito longe da cidade. Tão longe que eu demorei muito pra chegar. Logo ao sair da estação Hakata (é que a cidade é uma cidade-gêmea das cidades de Fukuoka e de Hakata) e o lugar parecia ser bem legal. Almocei por alí e logo peguei o trem pro Daizafu, que é o templo xintoísta considerado uma das World Heritage, pois segundo as indicações que me albergue falou, era por lá. OK, fui até lá, mas estava chovendo e tive que pegar um monte de trem do metro, baldeação e mais um monte de coisa. Demorei muito e me cansei demais, além de ter ido pro lugar errado com uma chuva enorme. Pelo menos eu conheci o Daizafu, que é este templo, mas o mais legal lá é a região, sempre com ruas antigas cheia de lojinhas com Omiyages (lembranças). Não tirei fotos pois estava chuva, eu estava cansado e com uma mala enorme nas costas.
Perguntei por lá e eles falaram que estava errado, daí fui pra estação certa e ainda tive que andar a beça. Cheguei no albergue e o cara aqui não fala quase nada de inglês, mas foi bom pois eu me comuniquei bem até em japonês para nos comunicarmos, afinal eu vou ter que sair às 5 da matina pra pegar meu trem às 6, pois este albergue é muito longe de tudo. Até eu conseguir falar com ele e ele armar a ida ao taxi, depois do trem e depois do Shinkansen, foi demorado. Resultado, banho e fui dormir, pois tinha dormido muito mal na capsula de Hiroshima.

Cansaço

Estou muito cansado com o dia-a-dia de viagem. Eu visitei muita cidade em pouco tem, e ter que ficar levando a mochila é muito cansativo. Eu estou com as costas doendo e querendo jogar a mochila rio abaixo. Mas hoje, ainda bem, é meu última dia de viagem, pois amanhã vou voltar pra Tokyo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Capsule Inn Hiroshima

Acabei de descobrir que do capsula aqui eu consigo pegar a internet do vizinho... Ah de eu soubesse disso antes na perdia umas 2 horas procurando.

Belo Por-do-Sol em Miyajima


Hiroshima/Miyajima

Cheguei cedo em Hiroshima. Sempre acontece isso. Acordo cedo, pego o trem, chego relativamente cedo, e não posso fazer o check-in. Deixo a mala saio, volto e lá faço o check-in. Hoje eu consegui antecipar o check in.
O meu Capsule Inn é no centro, num lugar muito movimentado. Mas a minha intuição sobre Hiroshima estava certa - a cidade não tem nada além do fato de ter sido bombardeada.
Mas o que as pessoas que vieram aqui falaram que gostaram na verdade, não era Hiroshima, e sim Miyajima, que é uma ilha que você pega a balsa daqui de Hirosima, e realmente é um lugar encantador.
Hoje é feriado e tava um dia perfeito, ou seja, toda a população da cidade resolveu ir pra lá. Estava realmente lotado, mas deu pra conhecer bem o local.
Ele é conhecido por ter aquele portal no oceano, mas acho que o protocolo de Kyoto tá fuincionando, pois a maré estava baixíssima.
As fotos até que tão boas, apesar da minha perda do mojo de tirar fotos:



Aqui também tinha muitos torcedores daquele time do Jd. Leonor:




E eles vendiam lulinha frita como se fosse batata frita:





E tem outras fotos:


Medo

Estou numa espécie de McDonald's que foi o único lugar aqui que achei internet. Do meu lado tem uma japa que tá assoando o nariz de uma maneira que parece que ela vai morrer. Estou assustado...

Amigo japonês em Kurashiki

Ao voltar para o albergue, chegou um japonês no meu quarto, que foi muito simpático. Ele era de Yokohama mas trabalhava em Tokyo, numa empresa de consultoria, e espava passando a SIBE WIK (Silver Week), que é o feriado, em Kurashiki.
O inglês dele não era daqueles, mas dava pra se virar e também treinar meu japonês, que é fraquíssimo.
Fiz ele escolher onde ir e o que comer. Ele queria noodles, então lá fomos nós. Comemos o Soba, o Udon e o Okonomiyaki. Acho que foi uma das melhores refeições da viagem, exceto pelo Okonomiyaki que era de polvo e eu não gosto. Mas o resto, que ficava na chapa com a "casquinha" estava delicioso.


Restaurantes em Osaka



No hostel conheci um holandês que morava na Australia. Ele era muito simpático e queria comer algo típico. Fomos a um restaurante especializado em carne suína. Era muito gostoso, mas comi umas coisas estranhas, que eu preferia ter sabia depois o que era.
Primeiro pedimos a especialidade, vieram estes 5 espetinhos:


De baixo pra cima, a parte do porco é a seguinte: cabeça, lingua, pescoço, ombro e estômago.
O ombro era, realmente, o mais gostoso. O resto era bom, mas com aquela textura meio estranha.
Depois pedimos o tsukune de porco. Muito bom. Melhor que o de frango:



Como dividimos, comemos pouca coisa. Daí ao andar pelas ruas, preferimos experimentar um Okonomiaki, que eu ainda não tinha comido, e, mesmo sendo de lula, eu achei delicioso: